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.Seus olhosagora estavam fixos na chama, e o mundo parecia cada vez menosimportante  uma sensa��o muito parecida a que sentiu quando ascartas do tarot se revelaram pela primeira vez. Estou entrando num transe , pensava ela. E da�? A festa est�divertida! Que m�sica estranha , Lorens dizia para si mesmo, enquantomantinha o ritmo no garraf�o.Seu ouvido, treinado para escutar opróprio corpo, estava percebendo que o ritmo das palmas e o som daspalavras vibravam exatamente no centro do peito, como quando ouviaos tambores mais graves num concerto de m�sica cl�ssica.O curioso �que o ritmo parecia tamb�m estar definindo as batidas do seu cora��o.� medida que Wicca ia acelerando, seu cora��o tamb�m iaacelerando.Aquilo devia estar acontecendo com todo mundo. Estou recebendo mais sangue no c�rebro , explicava o seupensamento cient�fico.Mas estava num ritual de bruxas, e n�o erahora de pensar nisto; podia conversar com Brida depois. Estou numa festa, e quero apenas me divertir!  falou em vozalta.Algu�m ao seu lado concordou, e as palmas de Wiccaaumentaram o ritmo um pouco mais. 162 Sou livre.Tenho orgulho do meu corpo, porque ele � amanifesta��o de Deus no mundo vis�vel. O calor da fogueira estavainsuport�vel.O mundo parecia distante, e ela n�o queria maispreocupar-se com coisas superficiais.Estava viva, o sangue correndoem suas veias, completamente entregue � sua busca.Dan�ar em tornodaquela fogueira n�o era novo para ela, porque aquelas palmas, aquelam�sica, aquele ritmo despertavam de novo lembran�as adormecidas,de �pocas onde era Mestra da Sabedoria do Tempo.N�o estava só,porque aquela festa era um reencontro, um reencontro consigo e com aTradi��o que carregara por muitas vidas.Sentiu um profundo respeitopor si mesma.Estava de novo em um corpo, e era um belo corpo, que lutoupor milh�es de anos para sobreviver num mundo hostil.Habitou omar, rastejou para a terra, subiu em �rvores, caminhou com os quatromembros, e agora pisava, orgulhosamente, com os dois p�s na terra.Aquele corpo merecia respeito por sua luta durante tanto tempo.N�oexistiam corpos belos ou corpos feios, porque todos tinham feito omesmo percurso, todos eram a parte vis�vel da alma que os habitava.Tinha orgulho, um profundo orgulho do seu corpo.Tirou a blusa.Estava sem suti�, mas isto n�o fazia a menor diferen�a.Tinhaorgulho de seu corpo, e ningu�m podia reprov�-la por causa disto;mesmo que tivesse setenta anos, continuaria tendo orgulho de seucorpo, j� que era atrav�s dele que a alma podia fazer suas obras.As outras mulheres em torno da fogueira faziam o mesmo; istotampouco importava.Desafivelou o cinto e ficou completamente nua.Neste momentoteve uma das mais completas sensa��es de liberdade de toda a suavida.Porque n�o estava fazendo isto por nenhuma raz�o.Fazia porquea nudez era a �nica maneira de mostrar como a sua alma estava livrenaquele momento.N�o importava que outras pessoas estivessempresentes, vestidas, e olhando  tudo que ela queria � que estaspessoas sentissem por seus corpos o que ela estava sentindo pelo seuagora.Podia dan�ar livre, e nada mais impedia seus movimentos.Cada �tomo de seu corpo estava tocando o ar, e o ar era generoso,trazia de muito longe segredos e perfumes, para que a tocassem dacabe�a aos p�s. 163Os homens e os convidados que batiam nos garraf�es notaramque as mulheres em torno da fogueira estavam nuas.Batiam palmas,davam-se as m�os, e ora cantavam num tom suave, ora em tomfren�tico.Ningu�m sabia quem estava ditando aquele ritmo  se eramos garraf�es, se eram as palmas, se era a m�sica.Todos pareciamconscientes do que estava acontecendo, mas se algu�m tivessecoragem de tentar sair do ritmo naquele momento, n�o conseguiria.Um dos maiores problemas da Mestra, �quela altura do ritual, era n�odeixar que as pessoas percebessem que estavam em transe.Precisavam ter a impress�o de controlar a si mesmos, embora n�ocontrolassem.Wicca n�o estava violentando a �nica Lei que aTradi��o punia com excepcional severidade: interferir na vontade dosoutros.Porque todos que estavam ali sabiam que estavam pisando numSabbat de feiticeiras  e, para as feiticeiras, a vida � a comunh�o como Universo.Mais tarde, quando esta noite fosse apenas uma lembran�a,nenhuma daquelas pessoas iria comentar o que viu.N�o haviaqualquer proibi��o a respeito, mas quem estava ali sentia a presen�ade uma for�a poderosa, uma for�a misteriosa e sagrada, intensa eimplac�vel, que nenhum ser humano ousaria desafiar. Girem!  disse a �nica mulher vestida, uma roupa negra que iaat� seus p�s.Todas as outras, nuas, dan�avam, batiam palmas e agoragiravam sobre si mesmas.Um homem colocou ao lado de Wicca uma pilha de vestidos.Tr�s deles seriam utilizados pela primeira vez  sendo que doisapresentavam grandes semelhan�as de estilo.Eram pessoas com omesmo Dom  o Dom se materializava na maneira de sonhar a roupa.N�o precisava mais bater palmas  as pessoas continuavamagindo como se ela ainda comandasse o ritmo.Ajoelhou-se, colocou os dois polegares na testa, e come�ou atrabalhar o Poder.O Poder da Tradi��o da Lua, a Sabedoria do Tempo, estava ali.Era um poder perigos�ssimo, que as feiticeiras só conseguiam invocardepois que se tornavam Mestras.Wicca sabia como lidar com ele mas,mesmo assim, pediu prote��o ao seu Mestre. 164Naquele poder morava a sabedoria do tempo.Ali estava aSerpente, s�bia e dominadora.Só a Virgem, mantendo a serpente sobo seu calcanhar, poderia subjug�-la.Assim, Wicca rezou tamb�m paraa Virgem Maria, pedindo a pureza da alma, a firmeza da m�o, e aprote��o de seu manto, para que pudesse baixar aquele Poder at� asmulheres � sua frente, sem que ele seduzisse ou dominasse nenhumadelas.Com o rosto voltado para o c�u, a voz firme e segura, recitou aspalavras do apóstolo Paulo: Se algu�m destrói o templo de DeusDeus o destruir�.Pois o templo de Deus � santo, e este templo sois vós.Ningu�m se iluda:Se algu�m dentre vós julga ser s�bio aos olhos deste mundo,torne-se louco para ser s�bio;Pois a sabedoria deste mundo � loucura diante de Deus.Com efeito, est� escrito:  Ele apanha os s�bios em sua própriaast�cia.Por conseguinte, ningu�m procure nos homens motivo deorgulho,pois tudo pertence a vós. 165Com alguns movimentos de m�o, Wicca diminuiu o ritmo daspalmas.Os garraf�es soaram mais lentamente, e as mulherescome�aram a girar em velocidade cada vez menor.Wicca mantinha oPoder sob controle, e a orquestra toda precisava funcionar bem, desdea mais estridente trompa at� o violino mais suave.Para isto, precisavada ajuda do Poder  sem, entretanto, entregar-se a ele.Bateu palmas e emitiu os sons necess�rios.Lentamente, aspessoas pararam de tocar e de dan�ar.As feiticeiras se aproximaramde Wicca, e pegaram seus vestidos  apenas tr�s mulherespermaneceram nuas.Naquele momento, completava-se uma hora evinte e oito minutos de som cont�nuo, e o estado de consci�ncia detodos os presentes estava alterado  sem que nenhum deles, exceto astr�s mulheres nuas, tivesse perdido a no��o de onde estavam e do queestavam fazendo [ Pobierz całość w formacie PDF ]
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